Como funciona o Pensamento Enxuto – Lean Thinking
O Pensamento Enxuto tem como essência a capacidade de eliminar desperdícios continuamente e resolver problemas de maneira sistêmica. Que desperdício? Qualquer atividade que consome energia e recursos sem agregar valor ao cliente, ou seja, aquilo que fazemos, mas que o cliente não está disposto a pagar. Se utiliza de conceitos e ferramentas para a eliminação de desperdícios.
Ao pé da letra, Lean significa “enxuto”, ou seja, sem desperdícios ou sem excessos!
A lógica do sistema enxuto
Primeiro precisamos entender que o pensamento enxuto tem uma lógica, cujos pontos são:
· Melhorar a eficiência (sem investir mais dinheiro);
· Aumentar a capacidade;
· Maximizar o valor do seu produto para o cliente;
· Maximizar o lucro com menos trabalho e, conforme já dito antes,
· Eliminar os desperdícios (qualquer atividade no processo que consome recursos, mas não cria valor).
Mas o que é valor?
· Valor dentro da filosofia lean, não se refere a valor financeiro, e sim a valores sob a ótica do cliente.
· Valores são as especificações explícitas ou implícitas que o cliente faz. Por exemplo: menor custo, menor prazo de entrega, pontualidade, qualidade, aparência, diversidade de tipos, etc.
E de onde vem esse fundamento todo?
O termo “Lean“ surgiu no livro “A Máquina que Mudou o Mundo” (The Machine that Changed the World) de Womack, Jones e Roos, publicado nos EUA em 1990. Trata-se de um abrangente estudo sobre a indústria automobilística mundial realizada pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Neste trabalho ficaram evidentes as vantagens do desempenho do S.T.P – Sistema Toyota de Produção, que traziam enormes diferenças em produtividade, qualidade, desenvolvimento de produtos, etc. e explicava o sucesso da indústria japonesa.

Os Sete Desperdícios que Taiichi Ohno identificou são conceitos que você encontrará em qualquer negócio onde exista um processo. Se tem processo mas ausência de padrão, então esse é o primeiro passo a corrigir.
Esse modelo é tão poderoso, que já vem sendo utilizado em diversas organizações de diversos segmentos mundo afora, não apenas no segmento industrial, já tendo iniciado na construção civil (Lean Construction) e até na saúde, em hospitais e clínicas (Lean Health)!

Mas afinal, quais são esses setes desperdícios?
São eles: excesso de produção (produzindo acima ou antes das necessidades do cliente), excesso de processamento (etapas do processo desnecessárias), estoques excessivos (inventários acima das necessidades do negócio), movimentação (qualquer deslocamento que não agregue valor ao produto), transporte (transbordos de produto que não agregam valor), defeitos (falha no produto que precise ser retrabalhado ou descartado), espera (tempos aguardando por máquinas, peças, insumos, etc.), e por último, que seria o oitavo desperdício (7+1!), o conhecimento! Isto é, a criatividade perdida ou não utilização de um conhecimento de quem está na organização sem ser aproveitado.

Os Cinco Princípios do Lean
- Valor: Identificar o valor do ponto de vista do cliente. O que é importante para o cliente? O que é importante para você?
- Fluxo de Valor: Entender o que realmente agrega valor em cada processo. Identificar o fluxo de valor e os desperdícios. Conhecemos detalhadamente nossos fluxos de valor? Quais atividades da minha rotina fazem sentido e estão alinhadas às minhas metas?
- Fluxo Contínuo: Estabelecer o fluxo contínuo de informações e materiais. Existem momentos em que o material ou informação para? Por quê? Existem tarefas que não são terminadas ou realizadas?
- Sistema Puxado: Fazer somente aquilo que é solicitado pelo cliente. Os produtos são produzidos somente quando necessários? Priorizar a realização das atividades que fazem parte do seu propósito de vida e metas definidas.
- Busca da Perfeição: Melhorar, melhorar e melhorar. Sempre! Assumimos os desperdícios com naturalidade e indignação? Sair da “zona de conforto”.